sexta-feira, 8 de julho de 2011

Alexandria para o fim de semana

Alexandria (2009) conta a história da renomada filósofa Hipátia de Alexandria, representada no filme pela atriz Rachel Weisz. Por volta do ano 400 D.C, pagãos politeístas se degladiam com os católicos, religião esta já aceita oficialmente pelo Império Romano. Hipátia, filha do grande filósofo Theon, conhecia profundamente os saberes da matemática, astronomia, física e chegou a ser diretora da Academia de Alexadria, mais conhecida como Biblioteca de Alexandria, o maior centro de estudos e de pensamento livre da época.


Hipátia era solteira e vivia para a ciência e seus estudos; tal atitude não era bem vista pelos católicos, que começavam a ganhar muitos poderes na cidade de Alexandria. O ápice da perseguição de católicos contra judeus e pagãos deu-se com a nomeação de Cirilo para o bispado. A partir de então, grupos começaram a perseguir quem quer que fosse em nome da fé. Por que Hipátia representava perigo para Cirilo? Por ser mulher, inteligente e independente a tal ponto para não querer casar com ninguém e dizer o que pensava a todos.

Mas todo o período de liberdade de pensamento e de estudos na Academia de Alexandria acabou quando o imperador romano da época permitiu que os cristãos também utilizassem esse centro do saber - então eles simplesmente atearam fogo em tudo; por isso muito pouco se conhece da vida de Hipátia e muito do que ela publicou se perdeu. A cena da morte dela no filme é bem suave, pois a verdade é esta: enquanto passava de carruagem pela rua, um grupo de cristãos furiosos a atacou e a levou a uma igreja próxima; arrancaram-lhe as vestes, dilaceraram sua pele com cascas de ostras afiadas e por fim a esquartejaram. Depois, queimaram as partes de seu corpo.

"Reserve o seu direito a pensar, mesmo pensar errado é melhor do que não pensar."
Hipátia de Alexandria

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Os pilares da terra

Dica para o feriadão: assistir a saga épica Os pilares da terra (The pillars of the earth, 2010):


 Baseada no best seller do autor inglês Ken Follet, transformou-se em minissérie para a TV e fez muito sucesso, tanto que saiu os 4 capítulos em DVD. Se você assistir Os pilares da terra I - A destruição do templo vai logo ficar fascinado e sair correndo depois pra locadora e pegar os volumes II (Redenção), III (O Legado) e IV ( A obra dos anjos)!


Pano de fundo: as guerras na Inglaterra Medieval (séc. XII) pelo direito ao trono. O rei Henrique I perde seu herdeiro em um naufrágio, restando-lhe apenas a filha Maud, a qual já mãe de um menino, tenta assegurar-lhe o trono. Porém os nobres ingleses optam por apoiar Stephen de Blois, neto de William, o Conquistador (historicamente William, Duque da Normandia, conquistou a Inglaterra em 1066, unificando seus reinos e trazendo a paz e a língua francesa para a ilha da Grã-Bretanha). Stephen é declarado rei e com isso começam as conspirações, alianças e perseguições, pois Maud declara-lhe guerra, ao mesmo tempo em que tenta reunir um exército com a ajuda da França.


São décadas de instabilidade política e nesse meio tempo vamos conhecer o desenrolar das vidas de algumas pessoas: a família de Tom, o construtor - seu sonho é construir uma catedral; Aliena e seu irmão Richard - que perdem sua condição de nobres e suas terras porque seu pai apoiava o finado rei Henrique I; a sádica família Hamsleigh- sedenta pelo poder; o monge William - inocente e sempre com boas intenções; o bispo Walleran - altamente ambicioso; Ellen (considerada bruxa) e seu filho Jack (artista, fascinado por esculpir górgonas). Todos esses personagens se ligam em determinados momentos de suas vidas, por amor ou pelo ódio.


Bom feriado!

sábado, 11 de junho de 2011

A moça do vestido azul


A moça do vestido azul (da autora Gaynor Arnold, Ed.Record, 2011 - Título original: Girl in a blue dress) conta a história fictícia do casamento do grande romancista inglês Charles Dickens e sua esposa Catherine. Porém aqui eles têm os nomes de Dorothea e Alfred Gibson: Dodô, como ela é chamada carinhosamente, se apaixona por Alfred, um jovem em início de carreira literária. Advertida por seus pais sobre a enorme diferença social, Dodô resolve seguir em frente, e não se arrepende, pois Alfred trabalha muito e em pouco tempo consegue dar à ela a vida burguesa vitoriana à qual estava acostumada.


Logo vem os filhos; 8 filhos em curto espaço de tempo, sem contar os abortos e mortes na infância... Alfred, continuamente reverenciado pelo público inglês, torna-se cada vez mais egocêntrico e ausente de casa, culpando Dodô por não lhe dar o suporte necessário e por ter lhe dado tantos filhos, sempre dependendo das irmãs dela e empregados por não dar conta dos serviços domésticos. O afastamento natural e o desinteresse pela esposa que ganhou muito peso ao longo dos anos, levam Alfred a pedir o divórcio, algo impensável em plena Era Vitoriana, quando o casamento era considerado sagrado.

O que levou a escritora Gaynor Arnold a ter interesse por esse tema foi saber de uma história real: a ex-esposa de Dickens, Catherine, em seu leito de morte, entregou à filha Kate um pacote de cartas para que ela as publicasse, "para que o mundo saiba que um dia ele me amou":

File:Catherine Hogarth-oil.jpg
Catherine Dickens, retratada por Daniel Maclise em 1847 (ela tinha 32 anos). Na vida real ela deu a Dickens 10 filhos em 13 anos...ufa! Mas isso era muito comum nessa época (é só lembrar que a prória Rainha Vitória teve 8 filhos com o príncipe Albert!), como diz o estudioso da Era Vitoriana Daniel Pool em seu livro What Jane Austen ate and Charles Dickens knew:

"As mulheres geralmente chegavam a suas noites de núpcias ignorantes e aterrorizadas. A falta de um controle de natalidade eficaz, além do coitus interruptus ou amamentação significava gravidez constante, que somada aos cansaços da própria gravidez, significava ter muitas crianças para criar e tomar de conta. Além disso, o risco de morrer no parto era de 1 para 200 em 1870. O fato de que a lei permitia ao homem ter acesso ao corpo da mulher com o desejo desta ou não, também não a deixava numa posição muito confortável" (1993, p.187 - tradução minha)
E o que dizer do divórcio?

"Feliz ou infeliz um casamento era difícil de se dissolver. Até 1857 os divórcios eram assuntos exclusivos da Igreja Anglicana [...] Se você tivesse argumentos legais, os procedimentos eram muito caros, principalmente se você solicitasse uma permissão para se casar novamente." (POOL, 1993, p. 185)

Para quem quiser se aprofundar na Victorian Age, leia:

 Comprei na Amazon.com (U$ 20,00)


Ou assista o filme A jovem Vitoria (Young Victoria, 2009):


#voltaaotempo

domingo, 15 de maio de 2011

The Professor

Escolhi ler The Professor (1846), da autora inglesa Charlotte Brontë (uma das irmãs Brontë), pois ainda estou "nostálgica" do século XIX kkkk. Mas claro que também optei por lê-lo pois queria ter uma ideia do que era ser professor naqueles tempos. A história gira em torno de William Crimsworth, o professor do título.

O órfão William, ao terminar seus estudos aos 18 anos em uma prestigiada escola inglesa, resolve ir contra os planos de seus tios: em vez de casar com uma de suas 5 primas e ser pastor, ele decide procurar seu irmão Edward em outra cidade, e chegando lá descobre que este é um bem sucedido homem de negócios. William começa a trabalhar para seu irmão no comércio mas depois percebe que é muito explorado por ele. Mr. Hunsden, inimigo de Edward, escreve uma carta de recomendação a um amigo seu que mora em Bruxelas, na Bélgica, para que este arrange um emprego de professor de Inglês a William. E é o que acontece: William arruma as malas e viaja para um país totalmente desconhecido, até porque não fala francês. Ele começa a trabalhar em uma escola para garotos, do Sr. Pelet, e também em uma escola para moças, da Srta. Reuter. Nesta escola ele conhece a professora de bordado, Srta.Frances Henri, a qual se torna sua aluna pois seu maior desejo é falar Inglês. Daí para frente, os dois começam a se conhecer...



O que mais me surpreendeu na história é que da metade para o final a atenção se volta para a personagem Frances: aparentemente resignada com sua vida de privações, ela demonstra uma força e vontade de mudar impressionantes, e sempre a partir dos estudos. O conhecimento que William lhe proporciona só serve para lhe dar mais confiança. Em dados momentos, o professor William se torna coadjuvante porque o discurso de Frances revela uma independência feminina em pleno século XIX incomum, como quando ela escreve a William dizendo que estava empregada como professora de Francês em uma escola para moças:

"[...] Ficou combinado que eu trabalharia 6 horas por dia (ainda bem que não me pediram para morar na escola, pois ficaria triste se tivesse que renunciar a meus aposentos) e para isso vão me pagar 1.200 francos por ano. Então monsieur, veja, agora estou rica; mais rica do que algum dia imaginei ser.[...]"

Obviamente que eles se casam... E sabe do que mais? William apóia a ideia da esposa continuar trabalhando, outra coisa inusitada para a época! Até mesmo quando ela resolve montar sua própria escola, ele não interfere.


Mas para mim, que sou professora, a melhor mensagem veiculada pela obra e que a atualiza perfeitamente para o século XXI, é que demonstra a nobreza de ensinar e compartilhar conhecimentos com seus alunos; é subir na vida através de seus próprios esforços e através dos estudos, como aconteceu com a humilde Frances; é ser bem sucedido, inclusive financeiramente nesta profissão, a qual é percebida com tão pouca significância pela maior parte da sociedade pós-moderna....


quinta-feira, 17 de março de 2011

Educação para o fim de semana - ou o resto do mês...


"Educação" ("An education", 2009) é um daqueles filmes que te pegam desprevenido: pela história - emocionante sem ser piégas; pela fotografia e figurino - belíssimos e fiéis aos anos 60; pelo desenvolvimento das falas e dos sentimentos. Jenny (interpretada pela atriz Carey Mulligan) é uma adolescente de classe média cuja única ambição é se preparar para passar nos difíceis exames da Universidade de Oxford, em pleno início da década de 1960. Ela tem um bom relacionamento com sua professora de Inglês, a quem admira pelos conhecimentos literários e independência, este último incomum para a época. Jenny se encanta com a investida do playboy David (vivido pelo ator Peter Sarsgaard), uns 20 anos mais velho que ela; ele também se encanta por Jenny porque percebe uma certa maturidade na menina suburbana. De cara o espectador percebe, pela fala de David, que se trata do clássico caso "sedutor de menininhas", mas a proposta que o "sedutor" faz aos pais de Jenny é educá-la levando-a a passeios culturais, instigar nela outras experiências que não apenas aquelas previsíveis pela educação "normal", a qual é, inevitavelmente questionada no curso do filme:


O filme traduz muito do espírito de mudança social pela qual passa a sociedade inglesa do início dos anos 60, mais especificamente os adolescentes com o próprio questionamento da educação tradicional, fechada e sem diálogo a que esses jovens tinham acesso. Com resquícios de um puritanismo "vitoriano" ainda violento, a família de Jenny tem uma atitude incomum ao permitir que a filha "saia" e seja educada de uma forma nada ortodoxa por um homem que eles nunca sequer viram antes. Mas a verdade é que David seduz todos...até ser descoberta sua real intenção. E aí é que entra em cena a maturidade de Jenny, aquela que sentimos nela mas só vemos no final, quando passa pelo grande teste da vida: em que sabemos se somos gente grande ou não.


Esse filme me lembrou muito um romance inglês que li há uns 2 anos, "Na praia" ("On Chesil Beach", Companhia das Letras, 2007) do Ian McEwan:


Dois jovens recém - casados e virgens, Edward e Florence, se hospedam em um hotel na praia de Chesil, Inglaterra, para passar a lua-de-mel. A iminente primeira noite desse casal se transforma em um redemoinho de inseguranças, suposições, esperanças, erros e acertos, tudo graças à "educação" que tiveram, cada um em suas famílias e escolas (ou falta destas). O autor Ian McEwan é feliz ao retratar esse início de vida adulta na Londres de 1962, quando a sociedade passa por mudanças de costumes: anos rebeldes, a revolução sexual, novas lideranças políticas, as lutas por direitos iguais, a perda da inocência, os Beatles, o psicodélico...tudo vai influenciar a "nova educação" e a "nova geração". Mas onde Edward e Florence se encaixam? As decisões e escolhas tomadas nesse momento, nesse fim de semana em Chesil Beach, mudarão suas vidas para sempre.

Para quem quiser comprar o livro (R$38,00), é só visitar o site da Livraria Cultura:

O filme "Educação" dá para encontrar nas melhores locadoras da cidade, ou assistir pela TV a cabo.
Boas leituras!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

The tenant of Wildfell Hall

Bem, sempre no fim do ano, na época do recesso, aproveito para ler uns 5 livros que é pra compensar a falta de tempo entre novembro e dezembro que acomete, sei, a todos nós professores. Como já disse, vivo e respiro literatura, que é minha paixão, e quando estava selecionando as leituras de fim de ano, me deparei com "A moradora de Wildfell Hall" da autora inglesa Anne Brontë, comprado havia 1 mês e no final da pilha de livros na minha cabeceira. Mas como estava com uma vontade louca de "visitar" novamente a Inglaterra da era Vitoriana (o séc. XIX é meu período favorito na Literatura Universal), resolvi retirá-lo do fim da pilha e "passá-lo na frente" dos outros livros (desculpe Saramago, foi o jeito!):

Essa edição é bilíngue, da ed. Landmark e custa R$25,00 no site da editora SBS: http://www.sbs.com.br/. (por sinal, super seguro). Anne Brontë publicou o romance em 1848 sob um pseudônimo masculino meio ambíguo, Acton Bell, já supondo que, se a crítica soubesse que o autor era uma mulher, ela seria duramente rechaçada pela sociedade rígida da época, a da era Vitoriana. Explico a razão pela própria história do romance: Helen faz a terrível escolha de aceitar o pedido de casamento de Arthur, um homem aventureiro e rico (logo um bom partido) mas boêmio e cheio de vícios como a bebida, as mulheres e o jogo. Romântica, Helen pensa que reformará o caráter do marido através de seu amor e de sua religião, o que ela até consegue no 1º ano de casamento, mas depois as tentações do mundo acabam arruinando a relação dos 2 pois Arthur passa mais tempo em Londres do que na propriedade dele com a esposa, localizada no interior da Inglaterra. Por mais de 5 anos Helen sofre os maus tratos do marido, sendo inclusive traída dentro de sua casa, mas quando percebe seu filho aprendendo os mesmos maus hábitos do pai ela resolve dar um basta e fugir dali, para Wildfell Hall, uma propriedade que lhe veio como herança da morte da mãe. Helen chega nessa comunidade com o nome falso de sra. Graham, uma viúva, mas lá conhece o fazendeiro local, Gilbert, e eles se apaixonam. E agora? Como contar a verdade e resolver esse impasse?


A BBC fez uma adaptação para a Tv, uma minisérie, em 1996.

Voltando à história: qual o problema do enredo? É claro que é a fuga: como uma mulher altamente religiosa e temente a Deus, romântica, fruto da era Vitoriana, vai se rebelar contra seu marido, a quem ela deveria amar e respeitar de olhos vendados? Divórcio não se cogitava naqueles tempos...Mas não é só isso: várias passagens do livro indicam um discurso feminista, que meu Deus, deve ter sido considerado uma afronta, claro. Segue abaixo a fala da irmã de Gilbert, Rose, que ao ter que fazer chá fresco para seu irmão ( pois ele chegou atrasado e o outro chá que estava no bule havia esfriado) desabafa:

" Bem, se fosse eu agora, não teria nada de chá pronto [...] mas você - não podemos fazer o suficiente para você. É sempre assim - se há algo particularmente requintado sobre a mesa, mamãe pisca e meneia para que eu me abstenha, e se não a atendo, ela sussurra, 'Não coma muito disso, Rose; Gilbert vai querer para sua ceia'. Eu não sou nada. Na sala é 'Venha, Rose, guarde suas coisas e vamos tornar a sala agradável e limpa antes que eles cheguem; e mantenha o fogo bem aceso; Gilbert gosta do fogo bem vivo.' [...] Você sabe Rose, em todos os assuntos domésticos, temos duas grandes coisas para considerar, primeiro, o que é apropriado fazer, segundo, o que mais favorecer os cavalheiros da casa - qualquer coisa está bem para as damas." (BRONTË, p.31, 2008)

E essa fala está no capítulo VI, logo no início do romance. E eu me choquei porque como já disse antes, para 1848, colocar essas palavras na boca de uma personagem feminina é bem arriscado. A crítica aqui é explícita: ao mostrar o papel subserviente da mulher, de que devemos deixar o melhor para os homens e nos contentar com o resto, como se fôssemos animais fiéis e devotadas, Brontë declara sua insatisfação; em pleno século XIX! Ilustro a situação com a charge abaixo:



A esposa pergunta: John, onde está o resto do seu salário? Como vou pagar o aluguel e comprar comida para as crianças? E o marido responde: Cale a boca! O que faço com meu dinheiro não lhe interessa.

Portanto, ler essa obra agora no fim do ano me trouxe uma grata surpresa: não apenas visitei e me encantei novamente com a Inglaterra oitocentista, mas descobri um novo romance feminista para o meu arsenal crítico. Recomendo a leitura, claro, mas aviso: leia com tempo, pois como um bom romance do século XIX, ele é longo e demanda uma certa paciência com a linguagem, que é mais rebuscada e clássica.

P.S: Esse post é dedicado aos meus alunos e ex-alunos da disciplina Literatura Inglesa :)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

The idea of a blog


Essa ideia do blog já existia em 2010, mas eu não sabia como começar direito, fiquei um tempão tentando entender sobre o que eu queria escrever... Então assisti um filme chamado "Julie & Julia" (Julie & Julia, 2009)  que conta a história de Julie Powell, uma americana que decide criar um blog para contar às pessoas como executou as receitas do primeiro livro da Julia Child. Resumindo: em 365 dias Julie promete executar e contar em seu blog como foi fazer todas as 524 receitas do livro Mastering the Art of French Cooking da Julia Child:


Confesso que deu uma vontade de comer todas aquelas comidas :) - até porque tem várias cenas que mostram todas as etapas de realização das receitas - mas entendi finalmente que o blog deve conter assuntos que você realmente consiga escrever e emitir uma opinião; ou seja, tem que ter prazer em escrever...E esse filme me ajudou a definir os assuntos e temas que gosto, além de perder o medo de começar algo totalmente novo. Assistam e se inspirem, nem que seja pra cozinhar ( gente, eu aprendi a cortar cebola com esse filme! abafa!)