![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjl8bumn_wYbU68XV9XPIodAquXqSP4VWYXV8oR5jv7LMl667XG9BfEFSBNqHRe3_ZQyhxyCjWN-87r_JeQAJwg0zl5cIZ0nCLg6sQv4d_u11DyfS1_omrvO1C9b8B2u3AEVWHCnTttpwv0/s400/censura2.jpg)
(tiagosousa.net)
"Debes medirte, caballero,
compañero debes medirte,
me aconsejaron poco a poco,
me aconsejaron mucho a mucho,
hasta que me fui desmidiendo,
y cada vez me desmedí,
me desmedí cada día
hasta llegar a ser sin duda
horripilante y desmedido,
desmedido a pesar de todo,
inaceptable y desmedido
desmedidamente dichoso
en mi insurgente desmesura.[...]"
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Deves medir-te, cavaleiro,
companheiro deves medir-te,
me aconselharam pouco a pouco,
me aconselharam muito a muito,
até que fui me desmedindo
e cada vez me desmedi,
me desmedi cada dia
até chegar a ser sem dúvida
horripilante e desmedido,
desmedidamente ditoso
em minha insurgente desmesura.
(NERUDA, Pablo. O coração amarelo.)
O que somos, o que resta ainda de nós, quando nos calam?
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