( São Paulo: Leya, 2015)
Na onda das adaptações de livros infanto-juvenis para o cinema, optei por comprar e ler, este mês, O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares do autor norte-americano Ramson Riggs. Ele é um autor jovem, blogueiro e formado em Cinema e com certeza sua escrita rápida e ágil reflete o conhecimento do seu público: ele sabe que somos leitores impacientes! Então, para quem gosta de ler e de aventuras fantásticas, O Orfanato não deixa o ânimo cair em nenhum momento. E se você é curioso, vai querer comprar os outros dois livros que completam a trilogia: Cidade dos Etéreos e Biblioteca de Almas.
A história é a seguinte: Jacob, um garoto adolescente super introvertido, testemunha o assassinato de seu avô, com quem tem uma ligação muito forte, por um ser estranho e de olhos reluzentes. Antes de morrer, no entanto, o avô diz para Jacob procurar a Ave, para que lhe explique toda a verdade, já que a partir daquele momento estará desprotegido. Sem saber no que acreditar, se na fantasia ou na realidade, os pais de Jacob o levam para sessões no psicólogo, pois acham que o garoto não aceita a perda do avô. Para tentar a cura total do trauma, o psicólogo incentiva os pais a deixarem Jacob ir à ilha de Cairholm, no País de Gales, para conhecer o lugar onde seu avô viveu a infância e adolescência: um orfanato.
Lá, Jacob descobre que existe uma fenda no tempo ao se deparar com Emma Bloom, uma jovem peculiar moradora do orfanato. Basicamente ela o leva para o dia 03/09/1940 - essa é a fenda que se repete e que permite a Jacob viajar entre passado e futuro e a descobrir todo o mistério que cercava a vida de seu avô: ele era uma criança peculiar, assim como todos que vivem ainda no orfanato dirigido e protegido pela Srta. Peregrine, que tem o dom de se transformar em uma ave: o falcão-peregrino. É ela que explica ao garoto tudo sobre a condição dela de ser uma ymbrine, que as crianças peculiares são dotadas de poderes especiais e que por isso não podem viver normalmente na sociedade, pois não são aceitas. Mas acima de tudo a Ave explica a Jacob, um pouco tardiamente, claro, sobre a facção dissidente dos peculiares que geraram os monstros chamados de etéreos, controlados por semi-humanos, os acólitos.
"Você acha inteligente discutir o futuro com crianças do passado?" (p.195)
Ao conhecer e travar amizade com as crianças peculiares, Jacob também descobre que precisa ajudá-las e que não está ali por acaso - porém precisa decidir entre viver essas aventuras ou voltar à vida normal com os pais na Flórida. Se você assistiu o filme dirigido por Tim Burton, esse que estreou este mês, deve ter se encantado com a produção e a fotografia: logo eu sou suspeita pra dizer, sou megafã dos filmes de Burton, desde Edward Mãos de Tesoura! Porém, da metade do livro em diante já não corresponde mais ao que é contado no filme, óbvio: a linguagem cinematográfica tem outro propósito rsss E o melhor é que, longe da indecisão, posso dizer que gostei muito dos dois, livro e filme! Por isso recomendo: podem se jogar neles nas férias, pessoal!
Ah! E não esqueçam de apreciar no livro as fotos das crianças peculiares...as imagens conseguem falar por si só...será?
finalmente tive tempo de ler suas críticas nesse blog hein!GOSTEI! UMA ESCRITA BEM DESCONTRAÍDA, já tinha curiosidade em ler O Orfanato, agora mais ainda. Abraço e Sucesso!
ResponderExcluirObrigada Caio, que bom que gostou!! ;)
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