Na estrada (On the road, 2012, direção do brasileiro Walter Salles) é uma tentativa bem sucedida, mas não menos difícil, de se adaptar o romance homônimo e autobiográfico do americano Jack Kerouac, um dos precursores da chamada Beat Generation. Esta geração de jovens, recém chegados aos 20 anos no início da década de 1950, busca novas experiências...as drogas e o sexo são coadjuvantes dessa necessidade premente de se conhecer o mundo, que vai além dos subúrbios americanos fadados a morrer no tão conhecido American dream...
Sal Paradise quer ser escritor. Mas como contar algo interessante ao público se ele, aos 20 anos, não conhece o mundo? Através do amigo Carlo ele conhece o ex-presidiário Dean Moriarty e a jovem e desinibida esposa deste, Marylou. Os 4 resolvem atravessar o país, saindo de New York para chegar ao Meio Oeste, mais especificamente em Denver (Colorado). Essa é apenas uma das várias viagens que Sal empreenderá no espaço de 1 ano e meio, junto ou não com Dean e sua trupe de amigos loucos. E ele espera que o final dessa jornada resulte em seu tão sonhado romance...
Fugir das regras. Experimentar novas sensações. Criticar a hipocrisia social americana do pós 2ª Guerra Mundial. Era isso que os beatniks (assim chamados os poetas da Beat Generation) queriam. Nem que para isso, e para a época, tivessem que chocar as pessoas ao mostrar que amar tanto homem quanto mulher era perfeitamente possível; que a busca pelo prazer não tinha que ser algo condenável; que a liberdade de se escolher o próprio destino era real. Ler Jack Keroauc (Na Estrada), William S. Burroughs (Almoço Nu), Allen Ginsberg (O Uivo) e Joan Vollmer continua sendo libertador em pleno século XXI; compartilhar das experiências sem limites de uma geração que ousou transgredir é libertador. Indico portanto, para quem quer conhecer um pouco mais desses escritores e os primórdios desse movimento literário, outro filme bem interessante, Beat (2000):
#boadiversão#
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